domingo, 20 de maio de 2012

O que é filosofia da Educação


 
É nos espaços formais e informais humanos que ocorre a educação. Se temos várias educações diferentes e em diferentes contextos, compreendemos então que a Filosofia da Educação consiste na reflexão com a problemática educacional humana, é uma filosofia referente a uma educação reflexiva (SAVIANI, 1984).

Apesar dos avanços da ciência, das novas tecnologias, exigindo o novo “perfil” da sociedade de um modo geral, persistem os velhos problemas, orientando e/desorientando a conduta e a educação do cidadão. Para esses problemas, que na verdade são históricos e desafiam a atualidade, a Filosofia da Educação contribui com um projeto filosófico. 

É contra a lógica que persiste e insiste em fazer da própria vida do homem um produto descartável que a Filosofia da Educação procura problematizar e dar-lhe outro sentido, outra finalidade. Nessa perspectiva, a Filosofia da Educação contribui com alguns questionamentos. Isso quer dizer que, em cada período histórico da humanidade, alguns perfis foram estabelecidos e pensados, para serem alcançados por meio da educação. Dentre as concepções filosóficas influenciadoras na educação destacam-se:

A concepção essencialista é baseada no empirismo na qual o sujeito recebe as influências do mundo externo. É através da transmissão de valores, signos, comportamentos que os alunos vão aprender um tipo de comportamento para adaptar à vida adulta, na organização social. Essa corrente filosófica influencia diretamente a Escola Tradicional.

A concepção naturalista é baseada em uma visão naturalista de homem, vai influenciar o modelo de Escola Nova. A teoria do conhecimento é o racionalismo, é a razão que orienta as ações do homem. Na escola a ênfase recai nas diferenças individuais das crianças.

A Concepção Histórico-Social nela o homem  é  um ser integral em sua capacidade individual, espiritual e em suas necessidades de existência/sobrevivência. O tipo de conhecimento é o interacionista, a vida do homem está relacionada com suas condições materiais de existência e o processo produtivo vigente. Foi desenvolvida a partir da filosofia de Hegel e Karl Marx, que influenciaram a escola progressista. (GIRALDELLI JR., 2006, p.2).

Para concluir destacamos que:  mudam os pensamentos filosóficos, mas as questões na educação permanecem as mesmas: O que ensinar? Como ensinar? Para quê ensinar? Mudam os pensamentos, pois, estes, assim como a educação não são indiferentes às transformações culturais, religiosas, políticas, econômicas e sociais. Assim, a filosofia deve estar na escola, pois ela é o espaço do exercício do pensamento reflexivo “que não quer parar”, de um questionamento que não se contenta com as respostas provisórias que somos obrigados a dar as mais diversas perguntas sobre a vida, o pensamento, a realidade.
 

BIBLIOGRAFIA

GIRALDELLI JR., Paulo. A teoria educacional no Ocidente: entre modernidade e pós-modernidade. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S0102-88392000000200005&script=sci_arttext>. Acesso em: 20 maio 2012.

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.
SAVIANI, Dermeval.  Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1985.

YOUTUBE. Introdução à Filosofia - Capítulo 01 - Parte 01. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3g_1KTIcgfo&feature=related>. Acesso em: 20 maio 2012.


YOUTUBE. O que é Filosofia. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=wxCqL02kSOo&feature=related>. Acesso em: 20 maio 2012.

YOUTUBE. Mito e Razão - Filosofia Antiga .  Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=UTbyWYwBc8Y&feature=related>. Acesso em: 20 maio 2012.

Filosofia da educação


No contexto da música, filosofia é colocada como a forma encontrada para viver sofrendo menos com a diferença social e econômica.

Filosofia

Zeca Baleiro
Composição: Noel Rosa
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 O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome.

Mas a filosofia

Hoje me auxilia
A viver indiferente assim.
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.

Não me interessa

Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba
Muito embora vagabundo.

Quanto a você

Da aristocracia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava desta gente
Que cultiva hipocrisia.

Beijos.


Lenda Virtual.

Fonte(s):http://vagalume.uol.com.br/zeca-baleiro/filosofia.html







Tu, Vã Filosofia
   

Tu, vã Filosofia, embora aviltes

Os crentes nas visões do pensamento, 

Turvo clarão de raciocínios tristes 

Por entre sombras nos conduz, e a mente, 

Rastejando a verdade, a desencanta; 

Nem doloroso espírito se ilude, 

Se o que, dormindo, creu, crê, despertando. 

Até no afortunado a vida é sonho 

(Sonho, que lá no fim se verifica), 

E ansioso pesadelo em mim, que a choro, 

Em mim, que provo o fel da desventura, 

Desde que levantei, que abri, carpindo, 

Os olhos infantis à luz primeira; 

Em mim, que fui, que sou de Amor o escravo, 

E a vítima serei, e o desengano 

Da suprema paixão, por ti cantada 

Em versos imortais, como o princípio 

Etéreo, criador, de que emanaram.

Bocage, in 'Ao Senhor Joaquim Severino Ferraz de Campos (Epístola - excerto)'








A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A EDUCAÇÃO





A Revolução industrial teve grande influência na educação. Ela tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana.  Continue lendo...




O TEMPO E A EDUCAÇÃO

Tempo Salvador Dali

Que título daríamos à essa tela?
Repare nas formas: relógios secos como folhas....
Como é a relação de tempo com a vida humana? Vivemos pelo tempo? Nos algemamos pelos relógios?
Embora o surreal impressione, será que é um panorama metafísico? Ou isso é bem real e nos habita desde a pré-história?  http://br.youtube.com/watch?v=V3-gESFFoJQ



O gerenciamento do tempo, no capitalismo, tem como uma de suas mais marcantes características a organização do trabalho e alienação dos trabalhadores. Taylorismo, fordismo e toyotismo são as expressões da organização do tempo na produção e simultaneamente da tentativa de desorganizar os trabalhadores como força consciente na construção da sociedade. E essas formas de controle do tempo estão presentes também nos espaços dedicados ao processo de ensino/aprendizagem.

Para saber mais clique aqui





quinta-feira, 17 de maio de 2012

Teoria dos dois mundos de Platão


A teoria dos dois mundos criada por Platão (“mundo sensível e mundo inteligível ou mundo das ideias”) destaca-se como o cerne do pensamento platônico. Platão através de suas observações percebeu que alguns fenômenos estavam em constantes mudanças, e havia algo que nunca se modificava. A primeira parte é o mundo dos sentidos, do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que fazemos uso de nossos sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" as coisas simplesmente surgem e desaparecem. A segunda parte é o mundo inteligível, o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos”.

Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Assim ele explicita os dois mundos  no famoso “Mito da Caverna” narrado por Platão no livro VII do Republica. Esse mito é, talvez, uma das mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade, ou seja, a condição humana.

Com essa metáfora – o tão justamente famoso Mito da Caverna – Platão quis mostrar muitas coisas. Ele traçou o desconforto do homem sábio quando é obrigado a conviver com os demais homens comuns. Hostil à ideia da vida monacal ao estilo dos pitagóricos, Platão foi incisivo: o conhecimento do sábio deve ser compartilhado com seus semelhantes, deve estar à serviço da cidade, ou seja, O Governo dos Sábios deve ser compartilhado.

Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.

O mundo material, assim, somente se torna compreensível através da hipótese das ideias, mas tal afirmativa deixa em voga um problema, já que a existência do mundo das ideias não basta a si mesmo.

Em outras palavras... Platão dizia que o mundo que conhecemos - aquele que podemos perceber ao nosso redor, com os cinco sentidos - não é o verdadeiro. Assim, ele, a realidade não esta no que podemos ver, tocar, ouvir, perceber. A verdade está no mundo das ideias,  mundo  imutável , permanente, eterno. Mas como encontrar essa verdade? Só o pensamento pode nos levar até lá.

Para Platão, devemos nos libertar da sedução dos sentidos para atingir a verdade pelo mundo da ideia, pois o que percebemos pela sensação do nosso entorno  são simulacros (cópias malfeitas) das ideias. É como se a natureza e as pessoas fossem uma cópia de modelos que só existem no mundo das ideias. Assim, pode-se distinguir a verdade do falso, o igual do distinto, a essência da aparência.


Platão nos mostrou um modo de análise do mundo onde há uma oposição entre  o bem e o mal a partir de modelos fixos, de ideias.


REFERÊNCIAS

PLATÃO. Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
PLATÃO. A República. São Paulo: Nova Cultural, 2000.

Platão E A Distinção Entre O Mundo Sensível E O Mundo Das Idéias Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/platao-e-a-distincao-entre-o-mundo-sensivel-e-o-mundo-das-ideias/6969/

DURANT, Will. A História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1997
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12ª ed. São Paulo: Ática, 1999.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Maiêutica socrática


S
ócrates desenvolveu um método próprio de análise filosófica, denominado de “maiêutica” (em grego “parto das ideias”), o qual tem como objetivo possibilitar ao homem o conhecimento de si mesmo.

A maiêutica consiste em fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade ou contradição do enunciado. Ela estimula o pensamento a partir daquilo que não conhecem, ou seja, pela ignorância. Daí a sua famosa frase: “eu só sei que nada sei”.

Essa técnica pode se tornar pedagógica, por exemplo: um professor faz uma série de perguntas não apresentando as respostas diretamente, resultando em uma consciência mais profunda dos limites do conhecimento estabelecida a partir da busca das respostas para as questões problemas. Assim, através de questionamento a mente consegue encontrar, em si mesma, a verdade.

Logo, esse método socrático está relacionado com o aspecto que induz a uma pessoa a formular conceitos latentes através de uma dialética ou sequencia lógica de perguntas.

Sócrates diz que todos carregam dentro de si o saber, sem saber. O questionamento traz a reflexão e compreensão do que é real:

"Minha arte tem o mesmo poder maiêutica do que as parteiras. A diferença é que ela oferece aos homens e não às mulheres e que as almas é que monitora o seu trabalho de parto, e não o corpo" (Sócrates).



Fonte:


Maiêutica. Disponível em: http://www.answers.com/topic/maieutic#ixzz1uE928Rrh

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

O Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade


Texto baseado em:


JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.


O modelo de conhecimento baseado na perspectiva da razão instrumental fez surgir uma educação “pedagogizadora”, voltada para uma sociedade mercadológica e tecnocrática, centrando-se na instrução e reprodução de conhecimento irrelevante às necessidades do aluno, tratando-o como um objeto a ser conhecido e treinado para o mercado. Esse tipo de educação não se volta para o exercício da capacidade comunicativa do educando, da crítica, da emancipação do sujeito, sensível e ético.


As ideias habermasianas a respeito da linguagem, do conhecimento e da ética podem possibilitar aos sujeitos o desenvolvimento de competências como a interatividade e a capacidade de questionar o sistema de normas vigentes. Para Haber, na Teoria da Ação Comunicativa, é possível conceber a escola, como o lugar de exercício da intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, objetivando as discussões dos caminhos da sociedade por sujeitos que se constituem como atores sociais, buscando atender aos interesses comuns. Seria a prática da intersubjetividade a qual buscaria a conciliação do mundo do sistema e do mundo da vida, onde a teoria e a prática se ligam e se comunicam através de ações concretas.


Desse modo, a intersubjetividade na educação contribuiria melhor para uma formação educacional mais próxima da possibilidade da construção de pessoas realmente esclarecidas, criativas e autônomas.


Uma educação baseada na intersubjetividade, busca a valorização social, política, econômica e ética pautada na realidade das sociedades contemporâneas. Ela deve levar em consideração as transformações sociais, no sentido de preparar o educando para lidar com os fenômenos que dele surgem, como por exemplo, a globalização, a crise econômica e a política de mercado.


A educação deve contribuir significativamente com o processo de desenvolvimento do aluno a partir da interpretação e análise crítica dos fenômenos culturais do seu cotidiano, levando-os ao exercício de uma prática de saber construtivo à sua vida.


Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao produzir indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas pelos processos jurídicos e políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Filosofia Moderna


Historiadores definem a filosofia moderna como aquele saber desenvolvido na Europa durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX. Entre os vários pensadores representantes estão Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Emanuel Kant.

Na Renascença - período histórico de caráter social e cultural dos séculos XIV, XV e XVI - houve crise da consciência, pela ruptura do centro cósmico a partir da descoberta do universo infinito; crise religiosa, crise política, perda do centro religioso (o papado), a mudança do geocentrismo, aristotelismo para o heliocentrismo, perda do centro político por expansão das cidades burguesas e do capitalismo, conflitos sociais determinadas pela relação da vassalagem e nobres e clara divisão entre senhores e servos, das relações econômicas, dentre outros. 

Alguns elementos desse período definiram a vida intelectual,  como:

- Surgimento de academias laicas e livres, paralelas às universidades confessionais, com o pensamento de Platão, Aristóteles e Plotino  e as discussões sobre as relações entre fé e razão, a teologia e a religião; 

- Discussões sobre a separação entre fé e razão, natureza e religião, política e Igreja; 

- Racionalização da realidade natural e política, o desenvolvimento das técnicas por exigências do capitalismo; 

- Passagem da visão teocêntrica para a naturalista e para a humanista;

- Controle da à atividade intelectual pela Contra-Reforma e inquisição.

É no interior do contexto polêmico, da Renascença que se desenvolveu a Filosofia Moderna do século XVII baseada nos movimentos culturais.

No racionalismo de René Descartes, o conhecimento verdadeiro é puramente intelectual. A experiência sensível se separada do conhecimento verdadeiro, a razão. No empirismo, representado por Francis Bacon, John Locke e David Hume, o conhecimento se realiza pela experiência sensível.

No iluminismo, movimento cultural dos Séculos 17 e 18, caracterizado pela valorização da razão como instrumento para alcançar o conhecimento, sendo Immanuel Kant um dos seus maiores pensadores. Ao buscar fundamentar na razão os princípios gerais da ação humana, Kant elaborou as bases de toda a ética que viria a seguir e a "Crítica da Razão Pura” (1781) e "Crítica da Razão Prática" (1788). A ruptura com os valores religiosos veio com os Iluministas franceses como Voltaire e Diderot

Acrescenta-se às características da filosofia nesses movimentos: A perfectibilidade - os precursores da filosofia moderna entre eles Leonardo da Vinci, Copérnico e Galileu acreditaram na perfectibilidade da natureza e defenderam a teoria da perfectibilidade da razão humana; O individualismo - quer dizer, a tendência a descuidar da tradição para acentuar o caráter pessoal do próprio pensamento; A Originalidade - concebe-se a originalidade mais como novidade que como 're-pensamento', penetração e desenvolvimento.

Apresentando as ideias da filosofia moderna em uma tentativa de organização cronológica temos:

Século XV ao XVI aproximadamente, foi marcado pelo Renascimento, quando houve uma retomada dos princípios clássicos da Filosofia Grega, de Platão e Aristóteles. Até então, a filosofia estava bem ligada à questão da igreja, se caracterizando muitas vezes como Filosofia Escolástica; 

Século XVII, conhecido como a Idade da Razão, houve uma ruptura com esse pensamento mais ligado à Igreja e retoma todo o pensamento do homem em relação ao seu entorno e em relação a si mesmo.

Século XVIII foi marcada pelo que conhecemos como Iluminismo que tinha a razão como base do conhecimento.

No século XVIII, os filósofos do Iluminismo começaram a exercer um efeito dramático, tendo como ponto de referência o trabalho de filósofos como Immanuel Kant e Jean-Jacques Rousseau, e isso influenciou uma nova geração de pensadores.

No século XVIII, tem-se como referências, o trabalho de filósofos como Immanuel Kant e Jean-Jacques Rousseau.

Bibliografia
BARBOSA, Paulo. Características da filosofia Moderna. Cultura e civilização espaço de filosofia, literatura e cultura geral. 08 ago. 2009. Disponível em: http://civilizacaoeambiente.blogspot.com.br /2009/08/caracteristicas-da-filosofia-moderna.html.



quarta-feira, 2 de maio de 2012

Descartes , Francis Bacon, John Locke e David Hume

 

A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Veja um pouco de cada uma dessas correntes.

Em Descartes, a ideia de sujeito é o mesmo que: substância pensante, descobrindo com isso a posição do cogito (do pensamento), definindo-o como substância do sujeito, (metafísica da subjetividade). Para ele, a verdade está no interior do próprio sujeito: a certeza da consciência de si. O conhecimento está na consciência do sujeito pensante enquanto representação e/ou adequação entre a “coisa” (o mundo) e o pensamento (o cogito).

A substancialização do sujeito, em Descartes, reduz o corpo a uma extensão física e que não contribui positivamente na busca da verdade. A garantia da existência das coisas, do mundo, nos é dada pela substância pensante que se reconhece através dos seus modos e de suas ações como sendo a afirmação do próprio pensar, ou seja, os modos de vida do indivíduo ou a sua ética. A subjetividade é constituída justamente em sua autonomia para com o mundo pelo processo de afirmação da consciência, do pensamento.

A modernidade se consolida a partir de Descartes, acentuando suas bases no poder da razão caracterizando o sujeito moderno cartesiano, fundador do conhecimento, já que a verdade se encontra no interior de si mesmo enquanto certeza da consciência de si. O sujeito pensante é, então, um sujeito individual.

O importante em Descartes é mostrar como se dá o distanciamento na constituição da subjetividade (do pensamento, da consciência) entre o pensar e a realidade corpórea. Sendo assim, ele surge na modernidade como o filósofo criador do sujeito individual, totalmente separado do mundo das coisas.

Jhon Locke, David Hume e Francis Bacon foram os primeiros empiristas e fundadores da ciência moderna, viam a mente como uma tábula rasa, e que o conhecimento vem de nossos sentidos e experiências (MYERS, 2004).

Francis Bacon, influenciado pelo contexto histórico político da Inglaterra - cuja ciência do momento era focada na experiência, observações e julgamentos do senso comum - começou a questionar a mente humana e as suas falhas, afirmando que "o entendimento humano, de sua natureza peculiar facilmente supõe um maior grau de ordem e igualdade nas coisas do que realmente encontra" (MYERS, 2004).

Locke compara as mentes a uma lousa em branco, ou tabula rasa. Em vez de ser o conhecimento inato, Locke escreve "todo o conhecimento baseia-se e, finalmente, deriva-se de sentido, ou algo análogo a ele, que pode ser chamado de sensação" (CRANSTON, 1957).

Hume considera que de um lado há o conhecimento obtido pela aplicação do raciocínio, pela construção de relações lógicas e de outro, há o conhecimento das questões de fato, que busca expressar conexões e relações descrevendo ou explicando fenômenos concretos. Ele acredita que o conhecimento tem por fundamento princípios da mente: impressões, ideias, imaginação, hábito e crença. A experiência seria assim, uma apreensão da realidade externa através dos sentidos que forma a base necessária de todo conhecimento.

Para Kant e o Iluminismo Criticista, o sujeito seria constituído de uma estrutura racional dotada de formas a priori da sensibilidade, do entendimento e da razão que indicaria aquilo que o homem poderia ou não conhecer, existindo duas formas da sensibilidade responsáveis por ordenar as sensações ou impressões no sujeito: espaço e tempo. Ele critica na tradição da filosofia é a iniciativa dos filósofos em colocar a realidade objetiva como prioridade sem se perguntarem pela natureza da própria razão.


Bibliografia

CRANSTON, M. John Locke: Uma biografia. London: Longman's Green & Co, 1957.
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.
MYERS, D. Psicologia 7. ed. Michigan: Hope College. 2004